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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Elias e a manifestação da presença de Deus - I Reis 19


      A bíblia nos conta que Elias estava fugindo de Jezabel, que o havia ameaçado de morte, e por conta disso, depois de uma árdua caminhada sob forte stress por conta de uma angustia desesperadora, a ponto de desejar a morte, e pedir por ela, chega finalmente a Horebe, o monte de Deus, e lá se abriga em uma caverna durante uma noite.
      Ali naquelas condições lhe vem a Palavra de Deus através da tão conhecida pergunta: "o que fazes aqui Elias?" Interessante que o altíssimo não pergunta o que fazes ai e sim o que fazes aqui, indicando que apesar do profeta estar caminhando na direção oposta a vontade do Senhor, o próprio Deus que lhe falava estava ali juntamente com Ele, guardando, sustentando, e sendo um companheiro inseparável do profeta amedrontado. Depois das considerações do profeta, as quais denotavam apenas seu equivocado conhecimento acerca da real situação e da maneira como Deus estava agindo em todas as questões, lhe vem então a ordem: "Sai para fora!". Tal ordem apresenta o desejo de Deus de que o profeta mudasse de atitude e assumisse uma posição condizente com sua chamada, ou seja, fora da caverna, onde o mundo pudesse vê-lo  ouvi-lo, afinal a Palavra de Deus estaria com ele, em sua boca! E boca de profeta não é para ficar confinada dentro de nenhum tipo de caverna! Em continuação, a bíblia apresenta quatro coisas por demais interessantes: o texto sagrado nos diz que "passava o senhor, bem como:" 
1- um grande e forte vento, 2 - um terremoto, 3 - um fogo, mas sempre acrescentando a frase "Deus não estava no..." 
      O primeiro evento mencionado foi o grande e forte vento, que fendia os montes (causava divisão e desordem) e quebrava as pedras (destruía o que é resistente, diminuía o tamanho, separava). O vento era grande por conta de sua abrangência, tocava uma grande área em torno do profeta, impedindo sua fuga para qualquer lugar sem ser afetado diretamente pelas dimensões de tal vento, ao mesmo tempo que aterrorizava, pois até onde a vista do profeta alcançasse, tudo estaria sob seu poder. O mesmo era forte, porque tinha força suficiente para afetar de forma contundente a natureza que estava à vista do profeta. O vento dividia os montes e quebrava as pedras, contudo, Deus não estava no vento. A força da natureza, descrita neste texto bíblico, causava divisão, desordenava, desorganizava o ambiente, e isso realmente, não está de acordo com quem nosso Deus é na vida de seu povo. O Criador não desorganiza, destrói ou diminui quem é seu servo  está sob seus cuidados e dependência. Na verdade, Ele nos ajusta, tira as sobras e acrescenta o que falta, mas sua ação em nós causa ordem e não desordem. 
      O segundo evento foi o terremoto, que traz a ideia de tremor da terra pelo movimento das placas tectônicas, movimentos esses que produzem destruição e desordem em um nível mais profundo que o produzido pelo grande forte vento. Observe que a questão de ser um Deus ordeiro é tão importante dentro da revelação do eterno, que a bíblia não diz que Jesus se manifestou para destruir as obras do diabo, mas sim para desfazê-las. Destruir algo gera entulho, incomodo, desorganização, o que gera muito trabalho para que tudo seja colocado em ordem. Mas quando algo é desfeito, desmontado, cada parte do que é desfeito vai sendo colocado à parte em lugar próprio, para que se construa algo novo e perfeito. Importantíssimo considerar aqui que toda a obra do adversário é feita sobre a matéria prima que na verdade pertence à Deus, afinal, a bíblia afirma que do Senhor é a terra e a sua plenitude! E toda a «obra» do inimigo de Deus consiste em matar, roubar e destruir! o trabalho do arqui rival de Deus é exatamente isso, tocar na obra de Deus para destruir, roubar e matar, mas Jesus quando entra em ação, desfaz a destruição, restitui o que foi roubado, e da vida ao que foi mortificado. 
      O terceiro evento citado diz respeito a um fogo, e nesse fogo, de fato, Deus não poderia estar porque a bíblia deixa bem claro que o fogo de Deus, para se manifestar, tinha que haver ordem, jamais a desordem. As partes do holocausto postos em ordem sobre a lenha sobre o altar, tudo tinha que ser perfeito para que Deus respondesse com fogo, o altar do desafio do próprio Elias contra os profetas de Baal e Asera, tivera que ser reconstruído e organizado para que Deus se manifestasse com fogo. O ambiente em torno do profeta e dentro dele, estava totalmente desorganizado pelo vento, pelo terremoto, e agora havia fogo? Não! Deus não estava naquilo, o altíssimo determina que haja ordem e decência, santidade e justiça segundo a fé para que Ele se manifeste com fogo. 
      O quarto e último evento, diz respeito à manifestação do Deus vivo, que se deu através de uma voz mansa  e delicada, os três primeiros eventos foram aterrorizantemente grandiosos, esplendorosos, cheios de grandeza e totalmente impactantes, mas Deus não estava lá em nenhum deles, porque eles destruíam e desorganizavam, mas agora uma voz delicada e mansa, surge para justamente organizar, não de fora para dentro, mas de dentro para fora, pois aquela voz começou a ajustar as coisas no interior do homem de Deus, para que só depois tudo o mais fosse reorganizado. Senão entendermos que a voz de Deus é suave, mansa, delicada e sempre vai provocar mudanças necessárias primeiramente em nosso interior, jamais estaremos aptos para ir adiante no mergulhar na revelação divina para nós e através de nós, e isso sem nenhuma alarde, barulho ou pirotecnia «spiritual». Quando as mudanças forem reais e de dentro para fora, o poder gerará, vento, terremoto  fogo, mas sempre para construir, organizar e glorificar a Deus gerando muita vida.

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