No afã de adquirir
alguma vantagem sobre o ardente desejo de Balaque em amaldiçoar o povo de Deus,
lá vai pelo seu caminho, o ambicioso "profeta", montado sobre sua jumentinha, a
qual o servia desde há muito tempo. Balaão, cujo nome significa "não meu povo",
busca, segundo diz o texto sagrado, o contato com Deus (Elohim) através de
agouros (24:1) nachash (hb), cujo significado em hebraico é "adivinhação,
encantamento". Isso por si só já revela o grau de pouca intimidade que o
referido "profeta" tinha com o Deus verdadeiro, o Deus de Israel. Apesar do
texto bíblico usar várias vezes o termo Elohim para apresentar os contatos de
Balaão com o sobrenatural, o leitor é aconselhado a manter certas reservas em
crer que se tratava do verdadeiro Deus, uma vez que em duas de suas
manifestações, aquele que falou com Balaão se apresentou sem um dos atributos
divinos que é a onisciência, conforme os textos do capítulo 22 e os versos 9 e 20; além do que, o verdadeiro
Deus jamais se revelou por meio de agouros. Entretanto, o que realmente
interessa ao leitor neste estudo, é analisar o que acontece depois de Balaão
finalmente sair para o encontro com Balaque. A bíblia nos diz que a ira de
Elohim se acendeu contra o profeta porquanto ele se ia, e o Anjo do Senhor
(aqui aparece o tetragrama sagrado), se colocou em seu caminho para ser seu
adversário. O "profeta" ia caminhando montado em sua jumenta, tendo a companhia
de dois de seus auxiliares. O que vem a seguir é que é impactante, pois aquele
que se dizia profeta de Deus, não foi capaz de discernir a presença do anjo do
Senhor em seu caminho, enquanto que um animal irracional percebeu a presença do
anjo sem nenhuma dificuldade.
O que estava acontecendo com aquele
homem naquele momento? Como ele não podia ver o que um animal via e respeitava?
A resposta está no texto de Lucas 12:34 "onde estiver o vosso tesouro, ai
estará o vosso coração". Balaão não
tinha seu coração na real vontade de Deus, mas sim nas possibilidades de
êxito pessoal e financeiro, além do status quo oferecidos por Balaque. A
segunda carta de Pedro no capítulo dois e verso quinze diz que o seu caminho
foi o de "amar o prêmio da injustiça", e sendo assim, ele jamais poderia
visualizar o mundo espiritual, pois isso se reserva tão somente aos que tem o
seu tesouro no céu, junto ao trono da graça e da misericórdia.
O anjo estava no caminho pelo qual
transitavam, e tinha em sua mão uma espada desembainhada, sinal de juízo
iminente, contudo, Balaão não o percebia. A jumentinha, ao contrário de seu
dono, viu o que se passava e:
1) - se desviou de seu caminho e foi-se pelo campo (vs 23). A lição que se revela neste texto é de que ainda havia espaço para Balaão fazer uma mudança de planos e voltar pelo seu caminho. Ele não percebia que seu objetivo o estava direcionando a ir de encontro à espada do juízo, e seu animal, tendo mais discernimento do que ele próprio, aproveita o espaço em torno de si para tentar uma saída mais segura para seu dono. Deus sempre nos dá a oportunidade de fazermos as conversões necessárias. contudo, quanto mais falhamos, tanto mais o caminho diante de nós se estreita. Balaão, cego por sua cobiça, não aproveitou essa oportunidade e não voltou, nem abriu mão de seus pensamentos depois de espancar a jumentinha, continuava indo pelo mesmo caminho de sua ambição. O leitor deve observar que no próximo nível, o caminho estaria bem mais apertado e o juízo muito mais evidente; não conhecer a voz de Deus estava levando o homem para um destino de destruição, e isso porque:
2) - O anjo do Senhor se colocou em uma vereda de vinhas, havendo uma parede de ambos os lados, e o animal ao ver o anjo se encosta apertando-se em uma das paredes, comprimindo contra ela o pé de seu dono, que a espanca mais uma vez. O espaço para reagir e voltar havia diminuído drasticamente e ainda havia mais uma consequência, ter o pé comprimido contra a parede de vinhas (uvas), o que se pode interpretar de forma alegórica como que Deus dizendo, que o caminho do profeta (seu pé), não prosperaria contra seu povo (a vinha) Israel. Muito pelo contrário isso lhe traria prejuízo certo, como dor houve quando seu pé foi apertado contra a parede de vinhas. Mais uma vez tudo o que aconteceu na sequencia foi novamente Balaão espancar seu pobre e fiel animal. Jesus disse a Paulo no caminho de Damasco: "duro é para ti recalcitrar contras os aguilhões", e é justamente nisso que muitos membros do corpo de Cristo tem falhado, pois ao não perceberem que estão em erro, sentem diversos tipos de apertos, os quais literalmente param suas vidas, suas marchas, e não poucas vezes até mesmo a fé de tais pessoas, mas mesmo assim resistem às estocadas dos aguilhões das provações e insistem em continuar em erro. É preciso entender que quando há muita ação do aguilhão da correção divina é porque estamos insistindo em algum tipo de erro que nos divide contra Deus.
3) - O anjo do Senhor passou mais adiante. Atitude resultante da misericórdia de Deus, que ainda que estivesse encurralando o «profeta», ainda assim lhe dava mais espaço para caminhar para abrir sua visão e entendesse a real vontade do Altíssimo.
1) - se desviou de seu caminho e foi-se pelo campo (vs 23). A lição que se revela neste texto é de que ainda havia espaço para Balaão fazer uma mudança de planos e voltar pelo seu caminho. Ele não percebia que seu objetivo o estava direcionando a ir de encontro à espada do juízo, e seu animal, tendo mais discernimento do que ele próprio, aproveita o espaço em torno de si para tentar uma saída mais segura para seu dono. Deus sempre nos dá a oportunidade de fazermos as conversões necessárias. contudo, quanto mais falhamos, tanto mais o caminho diante de nós se estreita. Balaão, cego por sua cobiça, não aproveitou essa oportunidade e não voltou, nem abriu mão de seus pensamentos depois de espancar a jumentinha, continuava indo pelo mesmo caminho de sua ambição. O leitor deve observar que no próximo nível, o caminho estaria bem mais apertado e o juízo muito mais evidente; não conhecer a voz de Deus estava levando o homem para um destino de destruição, e isso porque:
2) - O anjo do Senhor se colocou em uma vereda de vinhas, havendo uma parede de ambos os lados, e o animal ao ver o anjo se encosta apertando-se em uma das paredes, comprimindo contra ela o pé de seu dono, que a espanca mais uma vez. O espaço para reagir e voltar havia diminuído drasticamente e ainda havia mais uma consequência, ter o pé comprimido contra a parede de vinhas (uvas), o que se pode interpretar de forma alegórica como que Deus dizendo, que o caminho do profeta (seu pé), não prosperaria contra seu povo (a vinha) Israel. Muito pelo contrário isso lhe traria prejuízo certo, como dor houve quando seu pé foi apertado contra a parede de vinhas. Mais uma vez tudo o que aconteceu na sequencia foi novamente Balaão espancar seu pobre e fiel animal. Jesus disse a Paulo no caminho de Damasco: "duro é para ti recalcitrar contras os aguilhões", e é justamente nisso que muitos membros do corpo de Cristo tem falhado, pois ao não perceberem que estão em erro, sentem diversos tipos de apertos, os quais literalmente param suas vidas, suas marchas, e não poucas vezes até mesmo a fé de tais pessoas, mas mesmo assim resistem às estocadas dos aguilhões das provações e insistem em continuar em erro. É preciso entender que quando há muita ação do aguilhão da correção divina é porque estamos insistindo em algum tipo de erro que nos divide contra Deus.
3) - O anjo do Senhor passou mais adiante. Atitude resultante da misericórdia de Deus, que ainda que estivesse encurralando o «profeta», ainda assim lhe dava mais espaço para caminhar para abrir sua visão e entendesse a real vontade do Altíssimo.
4) - e se colocou num
lugar estreito (vs16), onde não havia caminho para se desviar nem para a
direita nem para a esquerda. Havia finalmente chegado a hora do confrontamento,
agora não haveria mais nenhum espaço, nem tempo, nem modo para tentar alguma
reação, ou ele abria os olhos e finalmente viesse a ver o que até então seus
olhos não puderam ver, ou sem dúvida alguma, morreria sob a ira de Deus,
perdendo tudo, absolutamente tudo!
O bom estudante da Palavra de Deus
notará que nesse último estágio, a jumenta deita-se sob Balaão: tudo estava
parado, não havia como ir ou vir, não havia como reagir nem correr para a
direita ou esquerda, então era hora do homem parar e clamar por discernimento,
mas novamente ele prefere a violência ferindo a jumenta.
5) - Então o Senhor,
abriu a boca da jumenta! Deus sempre exerce sua misericórdia a ponto de efetuar
algo mais, para que um homem possa finalmente percebê-lo! Deus voz a um animal
irracional para que um homem cego e surdo espiritualmente fosse por tal animal
corrigido. Mas antes ainda de ter seus olhos abertos, o homem gasta
parte de seu tempo discutindo com um animal, como é possível que alguém que se
diz espiritual possa ser tão cego, surdo e insensato assim, no que tange às
coisas de Deus? Contudo, a grande verdade é que muitos, dentro dos nossos
templos, estão nas mesmas condições. Alguns estão espalhados pelo caminho do
campo, outros já estão tendo seus pés comprimidos contra a parede, e outros já
sentem tudo parado e sem nenhuma direção possível! Já não é hora de alguém
abrir o entendimento, se deixar discernir e então perceber que Deus está
querendo se revelar?
6) - Então o Senhor
abriu os olhos a Balaão, e ele viu o anjo do Senhor! Que longo caminho até
finalmente enxergar o mundo espiritual! Não seria mais fácil parar e se
prostrar diante do altíssimo e perguntar-lhe até obter resposta de qual seria
sua vontade? Imagine, o estudante da Bíblia, a
surpresa terrível que aquele homem teve ao contemplar o anjo com uma espada
desembainhada em sua mão! Que tipo de sensação aterrorizante não foi para ele,
poder contemplar a iminência de sua própria destruição? Tudo por conta de sua ambição,
e conduta absolutamente inadequada a alguém que falava usando o nome do Senhor.
7) - As cinco verdades
na hora do confrontamento. Primeira verdade- agora face a face com o anjo do
Senhor, o «profeta» é interpelado com uma pergunta direta: "Por que já três
vezes espancaste a tua jumenta?" Tudo que fizermos, fundamentados na falta de
fé, na falta de visão e discernimento do Altíssimo nos será cobrado. Nada há
que seja deixado para trás sem que se preste contas, e atitudes geradas por
falta de fé, gerarão consequências inevitáveis. Diante de Deus, tudo será
passado a limpo. Segunda verdade - "saí para ser teu adversário" - uma sentença
dolorosa para alguém que se proclamava profeta de Deus, ter a inimizade do
próprio Senhor, ter a oposição do Criador de todas as coisas, algo totalmente
inoportuno. A palavra hebraica é satan (alguém que se opõe, adversário). Aqui
não está em questão o nome próprio. Deus não disse que era ou seria como
(satanaz - a pessoa) mas seria exatamente o que o
termo vernacular significava, adversário.
Bom é que quem esteja de pé olhe para
que não caia! Em todo tempo vigilância! Pois quando o homem não para, Deus para
o homem! Que a visão da igreja esteja sarada, os olhos ungidos, a mente sã, o
coração puro e as mãos santas. Terceira verdade - "porquanto o teu caminho é
perverso diante de mim" - A palavra
hebraica aqui é yarat (precipitar, ser precipitado, agir irrefletidamente),
aqui esta a causa da sentença que apontava a oposição de Deus ao homem; seu
caminho baseado em pensamentos, conclusões e atitudes precipitadas.
Muitas coisas podem levar o homem à
precipitação, como por exemplo: medo, paixões carnais, ressentimentos, falta de
capacidade em perdoar, entre tantos outros motivos, mas nada é mais forte em
fazer o homem se precipitar em seus caminhos que o orgulho e a ambição, as
quais, andam de mãos dadas. O orgulho fez com que o próprio Querubim ungido
tentasse subir acima das mais altas nuvens e ser semelhante ao Altíssimo. O
resultado foi queda, pois a altivez de espírito precede a queda, como diz o
livro dos provérbios. Quarta verdade - uma analogia humilhante: a jumenta viu,
mas o homem não! ela se desviou do caminho da destruição, o «profeta» não! O
animal seria deixado com vida, o seu dono não! Que
coisa horrível! alguém ser colocado por um ser divino, abaixo da linha do racional, por ser pior que
uma jumenta, no sentido de discernir as coisas espirituais! Misericórdia!!! Mas
é justamente o que alguns tem sido, tão turrões e firmados em suas próprias
convicções que não aceitam ouvir a voz de Deus sob nenhuma circunstância; a
menos que o altíssimo fale segundo os moldes que tais pessoas querem determinar
como sendo o correto. Contudo, Deus é soberano e Ele fala, faz e conduz
conforme Ele deseja. Ele é o Senhor e só o Senhor é Deus! Quinta verdade -
Pequei porque não soube...Depois de assumir a sua total inapetência espiritual,
ele ouve a palavra final de orientação, e era isso ou a morte certa! «vai com
eles, mas só fale a palavra que eu te falar». Balaão ainda continuava o mesmo,
tendo toda sua ambição à flor da pele, mas agora sabendo claramente com
quem lidava, tinha uma ordem a seguir, independentemente de seus sentimentos,
convicções e ambições pessoais. Ou obedecia, ou já sabia, iria morrer.
Vemos que ele obedeceu até certo ponto,
mas por amar o prêmio da injustiça, ainda que não amaldiçoasse o povo de Deus,
instruiu Balaque a como agir para que os filhos de Deus atraíssem por seus
próprios atos, uma terrível maldição por conta da ira de Deus.
Seu fim foi ser morto e perder tudo,
porque mesmo tendo visto ao anjo do Senhor e vivido uma experiência espiritual
fortíssima, não deixou que a voz de Deus o mudasse de dentro para fora por
completo.
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