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sábado, 5 de janeiro de 2019

Características necessárias ao obreiro. Isaias 11:2 a 5


Alguém sobre o qual o Espírito Santo repouse (ruwach)- A palavra hebraica em questão aponta para o fato de que o Espírito Santo em Jesus encontrou repouso, ou seja, local de descanso! A relação entre a Igreja e o Espírito Santo deve ser justamente no sentido de que o Espírito se sinta em repouso. Ora todos nós sabemos que Deus "trabalha até agora", ele não precisa de descanso em nenhum aspecto biológico, ou físico, por assim dizer. O que a bíblia esta nos apresentando no texto em questão é o fato de que a relação entre Jesus e o Espírito Santo era totalmente harmonizada, não havia resistência de Jesus a nenhuma das orientações do Espírito Santo, não havia desobediência, e a dependência de Jesus ao Espírito era total e absoluta. Não é o caso hoje em dia, afinal, resistimos, desobedecemos, não acreditamos quando ele orienta, pelo menos não sem antes questionar, lançar dúvidas e indagações e assim por diante. Dizer que o Santo Espírito repousava sobre Jesus, significa que em Jesus o Espírito não encontrou nenhum tipo de barreira. A relação era totalmente de fé, dependência e obediência. Jesus realmente operava no poder do Espírito Santo. Por isso no contexto seguinte as qualidades sempre são atribuídas ao ruwach de Deus, dando ideia das várias áreas em que o Espírito Santo atua e opera no homem que anda sob sua dependência.
Sabedoria - (chokmah) que traz a ideia de habilidade na guerra, sabedoria em administração, perspicácia, prudência além de sabedoria ética e religiosa. Observe que entre seus discípulos, Jesus manteve tudo sempre muito bem organizado, a ponto de ter um tesoureiro (Judas), constituir sua vice presidência (Pedro, Tiago e João), uma diretoria definda (os 12 discipulos), pagar os impostos, respeitar as autoridades, etc. O mestre divino sabia que preparar os discípulos para o apostolado não era apenas espiritualiza-los e molda-los nas coisas do século futuro, mas também abrir-lhes a visão administrativa, dar-lhes a visão de  gestão de recursos e pessoas, comportamento ético e social,  para só então deixa-los adiante de sua igreja.
Inteligência - (byinah) - compreensão, discernimento, faculdade. O obreiro inteligente, a exemplo de Jesus, disciplina sua mente a compreender as coisas, os fatos, as circunstâncias. Jesus jamais foi pego de surpresa em nenhuma das investidas que sofreu durante seu ministério, porque estava sempre atento a tudo e a todos. Jesus sabia discernir espiritualmente o comportamento das pessoas, mas também entendia e muito, sobre linguagem corporal (Mc 12:41), conhecia a lei, os costumes, o pensamento teológico  político e social de seus contemporâneos, e sempre estava preparado para responder a cada um com cuidado e inteligência.
Conselho - (Ietsah) - conselho, desígnio, propósito. - Ter um propósito definido, faz a total diferença no exercício de vida a que somos submetidos todos os dias. Uma pessoa sem um propósito não vive, apenas, respira e esta presente, mas não se enquadra na ordenança divina registrada em Genesis...., "Crescei, multiplicai e enchei a terra". Pessoas sem propósito não conseguem levar essa ordenança abençoatória à cabo, vivendo sem entender a razão de estar aqui, por conseguinte, por se sentirem vazias, buscam a preenchimento de si mesmas em compulsões, vícios, facilidades, prazeres, consumismo, violência e tantos outras "possibilidades", que na verdade só conduzem o tal ser humano à depressão, e à desistência da própria vida, ao vazio infinito em si mesmo.
Fortaleza - (gebuwrah), força, poder, valentia, bravura - Qualidades que movem o que as possue! Pessoas cheias de valentia, bravura, não se entregam, não param, não se deixam dominar pelo desânimo, não aceitam a ociosidade, não aceitam o ficar de braços cruzados apenas observando enquanto outros lutam, são empreendedoras, pensam grande, buscam novas soluções, são formadoras de opinião, são dinâmicas, sempre se posicionam de forma clara e assim por diante. Talvez não seja pouco comum encontrarmos pessoas que não se encaixam em nenhuma das qualidades descritas acima, ostentam títulos, mas não demonstram os frutos pertinentes à arvore que dizem ser. Na verdade, as vezes somos assim! Por isso a urgente necessidade de nos deixarmos moldar pelo que a bíblia diz. 
Conhecimento (Iath) - percepção, habilidade, compreensão, e Temor (yir'ah) - medo, terror, reverência, temor do Senhor. É importante observar que as duas palavras são colocadas juntas no contexto, conhecimento e temor do Senhor. Perceber a realidade da existência de Deus e de quão grande e excelso Ele é, compreender com a ajuda do Espírito Santo a personalidade do Criador. Crer que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam, é necessário, absolutamente indispensável, imprescindível àqueles que se aproximam Dele. E com essa percepção, caminha juntamente o temor reverente à sua pessoa. Temor tal, que para quem o adora, a possibilidade de entristecê-lo por qualquer pecado é algo totalmente aterrorizante. Estamos rodeados de pessoas que dizem conhecer a Deus, mas não percebem, não compreendem nada acerca de sua real divindade e existência, e soma-se a essa ignorância, um altíssimo nível de desrespeito e falta de temor, em todos os níveis, à presença do Pai eterno. 
Deleitar-se-á (ruwach) - A mesma palavra traduzida por "Espírito", sopro, vento, etc, neste contexto é traduzida por deleitar (ter prazer), ou respirar sentindo perfume (cheirar). Podemos inferir que o que o escritor estava querendo dizer através de seus escritos é que: Jesus respiraria sentindo o perfume de seu relacionamento reverente com o Pai. O Inalar perfumes gera uma incrível sensação de euforia, seguida de relaxamento muscular e estimulação sensorial, remetendo a boas lembranças de forma específica, o que causa um prazer (deleite) em quem sente o cheiro de um bom perfume. O temor do Senhor era tão importante para Jesus que o resultado era exatamente esse. E para nós, qual é a importância desse temor ao nosso Deus?
Não julgará segundo a vista - (shaphat) - Agir como juiz, executar juízo, condenar e punir, etc. Jesus em seu ministério terreno não exerceu a função de juiz, julgando, sentenciando e condenando. segundo o pensamento comum, segundo a ótica meramente humana. Não era esse o seu papel, e quando o obreiro como imitador de seu Senhor, segue a mesma linha de pensamento, não comete erros tão comuns aos que facilmente se colocam na posição de juízes não segundo a justiça que vem pela fé. Jesus mesmo disse que não julgaria naquele momento (segundo sua própria vista) mas que a palavra que ele ministrava julgaria a todos no ultimo dia (João 12:47 a 49). O Obreiro inteligente não emite sentenças, apenas prega a palavra de Deus, sabendo que o que tiver que ser tratado será feito no tempo determinado, sempre pela Palavra de Deus.
Nem repreenderá (yakach) segundo o ouvir dos seus ouvidos - corrigir, repreender, julgar, apontar, etc. A linha de pensamento permanece a mesma do item anterior. O pregador do evangelho, prega o evangelho, sabendo que o evangelho e não ele, com sua própria vontade, é que vai gerar no ouvinte as mudanças necessárias segundo a vontade de Deus. De novo, a percepção e interpretação humanas são postas de lado para que a Palavra e o Espírito de Deus permaneçam. Se Jesus sendo Deus, foi tão atento e dependente da ação e direção do Espírito Santo, de que maneira pobres pecadores como nós podem se ufanar de si próprios? pensando que sabemos o suficiente, que temos experiência e vida o bastante para colocar nossa visão e nossa audição acima da Palavra de Deus? Quando o assunto é tratar almas e conduzi-las ao Eterno, o nosso papel como Igreja é cumprir o ministério da reconciliação, o demais pertence a Deus e à sua Palavra e Espírito. 
Julgará com justiça os pobres – Justiça de Deus pela fé (Romanos 3:22). No trato das causas existentes dentro do convívio cristão, sempre que houver a necessidade de julgamento das situações (não das pessoas propriamente ditas mas das circunstâncias que as envolvem), dos casos a serem resolvidos entre semelhantes inseridos dentro do mesmo conceito de fé, o princípio fundamental apresentado pelas páginas sagradas, diz respeito a julgar (avaliar, considerar, decidir) pela justiça de Deus, que vem pela fé. Sem fé impossível agradar a Deus, e normalmente se produz muita injustiça quando o senso de julgamento é fundamentado no pensamento e ideologia humana e não segundo o coração de Deus.
Decidirá com equidade a favor dos mansos – Temos aqui a ampliação do pensamento acima descrito uma vez que a palavra equidade traz a ideia de senso de justiça, imparcialidade, respeito à igualdade de direitos. No hebraico (miyshowr, ou miyshor) aponta para: terreno plano, por conseguinte, retidão! O obreiro prudente procurará decidir sempre orientado pela justiça devida a todas as partes envolvidas em qualquer questão. E sempre pela justiça da fé.
Ferirá a terra com a vara de sua boca – Jesus cumpriu seu ministério terreno através da pregação da palavra. A mensagem ministrada por Ele, impactou o mundo da época e continua com a mesma força realizando transformações em todos os lugares entre todas as culturas. O obreiro aprovado deve manejar bem a palavra da verdade além de não ter do que se envergonhar. Se assim proceder, seu legado será sua mensagem corroborado com o seu testemunho. O testemunho arrasta e a palavra permanece. O obreiro cristão deve primar por ter em sua boca sempre e em todas as circunstâncias a palavra da verdade, a qual gera vida.
Matará o perverso com o sopro de sua boca –   O sopro de sua boca (ruwah = sopro, vento, espírito). Para o perverso, aquilo que sai da boca do justo (a Palavra de Deus), redunda em morte. Esse texto tem aplicações muito profundas, uma vez que a bíblia diz que: Pois a terra que embebe a chuva, que cai muitas vezes sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção da parte de Deus; mas se produz espinhos e abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada. (Hebreus 6:7 e 8). A palavra de Deus é água que gera vida eterna, pastores, pregadores e obreiros que a ministram são os cultivadores da terra, o perverso é aquele que mesmo ouvindo a palavra, gera tribulação para quem o cultiva, sendo assim, a maldição se aproxima e o incêndio eterno é iminente. Devemos estar atentos ao fato de que ao pregarmos a Palavra bíblica, a mesma gera vida para os que a recebem de bom grado e coração aberto, ao mesmo tempo que gera morte para quem a menospreza e rejeita. Que nossas bocas gerem o ruwah de Deus.
Justiça - Retidão - Dar a cada um o que lhe é de direito. Justiça leva o obreiro cristão a pensar no direito de cada ser humano e não apenas naquilo que é o seu direito. Aliás só o fato de nos colocarmos acima dos demais ou colocar nossas necessidades como mais urgentes e importantes que as dos demais com os quais nos relacionamos, já é uma forma agressiva de injustiça. Gosto sempre de lembrar que a bíblia diz por várias vezes que justiça e juízo são a base do trono de Deus. Sendo assim, cuidemos para que não estejamos nos reprovando naquilo que aprovamos, pois muita injustiça tem sido praticada em nome da fé.
Fidelidade – Estabilidade - Talvez essa seja a palavra que melhor defina o que significa para o cristão ser fiel e praticar fidelidade. Jesus sempre manifestou total estabilidade em seus valores e crenças, e principalmente em sua obediência ao Pai, a ponto de enfrentar angústias tão profundas até chegar a suar sangue, sentir as ânsias da morte de forma sobrehumana e mesmo assim não se afastar de seu compromisso com Deus e com os seus. Foi fiel até a morte e morte de cruz. Fidelidade tem sido o que falta"  

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