Tudo
o que vemos é luz, por incrível que pareça a conexão que temos com os objetos que
nos cercam na verdade não é com os objetos em si, mas com a luz que se reflete
neles. Talvez esse seja um conceito difícil de ser compreendido de prima, mas o
que quero dizer é que aquilo que vemos só pode ser visto porque a luz incide
sobre eles e depois ao ser captada por nossos olhos se traduz em informações em
nosso cérebro que nos permitem discernir entre uma coisa e outra. Sem a luz
não há revelação, não há discernimento, não há criação, não há vida.
Quando Genesis 1 aborda a obra da criação, (depois da terra ter sido envolvida
pelo caos) apresenta o fato de que a na reorganização das coisas a primeira
coisa a ser “criada” foi a luz. Com isso podemos concluir que em todo o
processo de criação e organização das coisas criadas em Genesis 1, a Luz teve
papel fundamental, sendo necessária para a maioria absoluta dos processos
criacionais. Isto não quer dizer que o Todo Poderoso precisasse de luz para ver
as coisas porque ele sendo Deus e tendo o atributo da onisciência, não é
limitado por nenhum sentido humano. O que a bíblia deixa claro é que Deus
determina que toda a obra criada precisava da Luz para se tornar, não somente visível
à própria criação, mas também real e existente. A Luz é elemento
essencial à vida. O que Jesus estava dizendo no sermão da montanha é justamente
isso: sem a existência e a atuação da Igreja em meio a humanidade, não existiria
revelação; e sem revelação, não haveria vida espiritual nem aceitação diante de
Deus. Quando entramos por este caminho algo me vem ao coração como preocupação:
A igreja cada vez menos se interessa pela Palavra de Deus, trocamos o
conhecimento bíblico e os mergulhos nas revelações bíblicas, por movimentos no mínimo
duvidosos, deixamos de absorver as revelações das sagradas escrituras para nos
ocupar com “revelações” mentirosas, a qual são formuladas apenas para a
massagem do ego humano. “Lâmpada
para os meus pés e luz para o meu caminho é a tua Palavra - Sl 119:105 no antigo testamento,
contudo, quando olho para a revelação bíblica no novo testamento encontro o Espírito
Santo dizendo o seguinte: “Ora, tudo provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação,a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo,
não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da
reconciliação.De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus
exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos
reconcilieis com Deus. (II Coríntios 5:18-20). Aqui
avançamos um degrau na compreensão do significa ser luz do mundo, Deus depositou
em nos a palavra da reconciliação; isso significa que somos luz no sentido de
sermos as lâmpadas, os candeeiros, as lamparinas de Deus; e o que brilha não é
nossa luz porque não temos luz própria, mas sim a presença do Espírito Santo em
nós e a Palavra da reconciliação (SL 19:8). Temos, porém, este tesouro em
vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. II
Cor 4:7. Pronto!!!
Aqui está!!! Somos luz no sentido de como lâmpadas de barro, portarmos a
revelação divina e de termos depositado em nós a própria presença de Deus, através
da pessoa do Espírito Santo. E voltando ao sermão da montanha, como portadores
da luz, sermos colocados em cima no velador e não embaixo do que quer que seja,
para que aquilo que por Deus emana de nossa vidas e ministérios, traga o mundo
da obscuridade do pecado para a clareza do dia! Contudo, não podemos esquecer
que quem decide onde a lamparina deve ficar é o dono da casa e não a lamparina.
Deixemos Deus dirigir todas as coisas e assim ele nos posicionara onde melhor
pudermos cumprir o nosso papel como iluminadores. E consideremos também que
como vasos de barro, a excelência do poder é do Altíssimo e não nossa. Lâmpadas
de barro não se ufanam, não se ensoberbecem, e tem consciência de que não são
de ouro ou prata mas sim de barro. Que coisa boa que Deus tenha escolhido o
barro e não o ouro, pois somos todos formados do pó da terra, e não deveríamos nos
esquecer disso jamais. A glória pertence a Deus!!! Poderíamos ainda nestas
linhas adicionar uma série enorme de propriedades benéficas da luz, como por
exemplo: impedir o aninhamento de insetos
e microrganismos; a escuridão é perfeita para o ajuntamento de insetos dos
mais diversos e do acumulo de impurezas. Quando a Igreja cumpre seu papel
ministrando a palavra da reconciliação, o pecado não se acumula, os demônios não
podem se alojar em meio as famílias e membros em geral. Outra propriedade é a
velocidade com que a luz se move no vácuo, que chega a 300.000 (trezentos mil)
kilometros por segundo. Uma igreja viva se move rápido em favor das almas, e
chega onde tem que chegar. Uma coisa interessante de se considerar é que parte
das estrelas que vemos hoje já nem existem mais, isso porque a luz que agora
vemos saiu de lá a uma quantidade gigantesca de anos luz, a estrela mais próxima
da terra (sem considerar o sol), esta a pelo menos 4,37 anos luz de distancia
da terra (Alpha Centauri A e B).
Isso quer dizer que a luz que vemos hoje saiu dessa estrela a 4,37 anos atrás e
viajou durante todo esse tempo a 300.000 Kms por segundo para chegar até nós.
Considerando isso temos estrelas a centenas ou milhares de anos luz da terra, a
exemplo da Deneb na constelação
Cisne que esta a 2000 anos luz de distancia, ou a V762
Cas a 16,3 mil anos luz, por isso
que digo que há estrelas que vemos hoje que já nem existem mais. Isso nos
apresenta a seguinte lição: sendo luz do mundo, mesmo que deixemos a existência
nosso trabalho continuara atravessando tempos e distancias, iluminando e
trazendo revelação e vida. Poderíamos citar como exemplo os nomes da bíblia que
há tantos e tantos anos já deixaram esse plano de existência, mas ainda
continuam nos influenciando com seu testemunho e sua história tendo sido eles
cheios com uma porção do Espírito Santo em seu tempo. Um dos exemplos mais marcantes no relato bíblico se encontra no segundo livro dos Reis no capitulo 13:21. O texto bíblico apresenta um soldado morto em combate que é lançado em uma cova onde estavam os ossos de Eliseu, e quando o corpo sem vida toca os ossos do Profeta Morto, recebe vida de imediato e não somente isso, mas se voltou a viver a ferida que lhe causou a morte também fora sarada. Não foram os ossos de Eliseu que fizeram o milagre, mas sim a unção de Deus ainda presentes na ossada restante do velho profeta. A presença de Deus em nós faz com que brilhemos de forma tal que não sejam necessários os holofotes humanos. O Senhor disse a Paulo: "a minha graça te basta". Que durante o tempo de nossa vida não nos esqueçamos disso! A vontade de Deus deve ser o suficiente para nós. Somos luz do mundo,
cumpramos nosso papel de maneira digna para que o nosso Senhor Jesus seja em
nós e através de nos glorificado.
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