Saudação

Olá!!!! Graça e Paz no Senhor Jesus Cristo! Sejam bem vindos!!!!

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SIMPLESMENTE ELA - Cronicas familiares parte 1


O que eu poderia dizer para honrar  uma das mais importantes pessoas que conheci durante a minha vida?
Por mais que rebuscasse meu discurso, não encontraria palavras boas o suficiente para denotar o que vai em meu coração em relação a essa pessoa. Por conta disso gostaria de relembrar alguns momentos de sua história que marcaram meu coração de forma absolutamente inapagável. Quantas vezes a vi preparando, ao mesmo tempo, o almoço para a família e salgados para venda, o quais depois de prontos ela mesma os preparava em uma caixa de isopor e acompanhada de sua filha ainda no ventre em processo de gestação, saia durante a noite por volta das 21:00 hr para abordar os alunos de algumas escolas próximas a nossa residência, no intervalo entre as aulas, o “recreio” como dizíamos antigamente. A razão de tal esforço era conseguir recursos para a construção do templo em Ilha Solteira, o qual era responsabilidade dela e de seu esposo, jovem e inexperiente obreiro que estava na condução daquele rebanho. Não foram poucos os evangelismos noturnos aos sábados, e vespertinos aos domingos,  juntamente com o grupo de jovens, e em todos esses momentos lá estava ela com sua pequena filha ainda carregada nos braços ou em um carrinho de bebê, contudo mesmo em todas as dificuldades que se apresentavam, ela sempre esteve sorrindo e trabalhando para a edificação do reino de Deus. Eu a vi carregando areia e tijolos, com sua primogênita  correndo entre as edificações, e se isso não bastasse, grávida de seu segundo filho cantando em cultos ao ar livre, visitações nos lares, reuniões no templo sede do ministério que na época era em campo grande no Mato Grosso sob a tutela do ilustre e tão querido Pastor Eliseu Feitosa de Alencar,  que já dorme no senhor Jesus, homem de Deus que também deixou marcas indeléveis em nossos corações. Eu a vi chorar muitas vezes em segredo diante de Deus, clamando pelo bem estar do esposo e dos filhos e ainda da igreja que apesar de contar com poucos membros, não fugia a regra de gerar inúmeras preocupações, pois afinal, era a obra de Deus sendo realizada em campo missionário. Durante o tempo de sua provação na cidade de Ilha solteira, não contou com belas roupas, nem com maravilhosos pratos gastronômicos, não havia conforto, apenas sua juventude sendo gasta a favor daqueles que lutaram lá para herdar o céu, contudo a mão de Deus esteve com ela e sua família em todo tempo. Como poderia homenagear alguém com essas e tantas outras credenciais? Sua história não se restringe a títulos ou sonhos vazios, mas a entrega e trabalho árduo, a paciência e perseverança, foi líder nata e nunca fugiu a essa responsabilidade. Por falar em liderança, conheço bem poucas mulheres com tal capacidade de liderança. Eu a vi  encarar homens e demônios para proteger a integridade da família e da obra de Deus, jamais deixou de respeitar as autoridades constituídas por Deus, e também não aceitou que desconsiderassem a autoridade que Deus havia colocado sobre seu esposo e por conseguinte sobre ela mesma como dirigentes da florescente igreja na cidade já referida. Nunca abriu mão de realizar a vontade de Deus e a esta vontade esta submissa até agora. Hospitalidade sempre foi uma de suas mais marcantes características, sempre recebeu o povo de Deus com carinho, sem reclamações, procurando fazer o melhor para acolher quem a ela e a sua família recorresse. Sua história, e a de seu esposo, não começou agora, construíram juntos uma belíssima trajetória como ministros de Deus, ainda que sob muitas dores. Nesta caminhada gerou filhos na fé, que hoje presidem campos, ganham almas, constroem para o crescimento do reino. Obreiros que foram formados nos moldes bíblicos, os quais ela ajudou a seu esposo inculcar na mente daqueles que a eles se agregaram durante o exercício do seu ministério. Educou os filhos, esteve ao lado do esposo e ao seu lado permanece corajosamente, vivendo de forma simples e ainda submissa a vontade de Deus para o casal. Uma mulher forte o suficiente para não desistir de seus sonhos e lutar por eles com todas as forças, mesmo que as vezes gerando incompreensão e impaciência por parte de alguns que deviam tê-la apoiado incondicionalmente, foi adiante e hoje começa a desfrutar dos frutos de sua perseverança. Bom eu poderia acrescentar uma infinidade de testemunhos de sua vida e trabalho aqui, a exemplo dos momentos de afrontas (que não foram poucos), desprezos, ingratidão, perseguições legalistas, rebeliões machismos por parte de obreiros equivocados em seus conceitos, enfermidades, mudanças de moradia (9 só na cidade de Ilha), preocupações financeiras pessoais e ministeriais, orações, a dor da saudade por estar longe de todos os familiares os quais via apenas de ano em ano ( foram 12 anos em Ilha), entre tantas outras coisas.  A personagem desta modesta crônica familiar é minha esposa Abigail, e a ela eu digo com total segurança: Eu conheço a sua história, você é absolutamente incrível, não foram poucos os obstáculos até aqui, e você superou a todos. Continue sendo abundante na obra do Senhor sabendo que o seu trabalho não é vão no Senhor.  Fica aqui este registro como forma de agradecer de maneira contundente a você, por estar ao meu lado como esposa e como guerreira de Deus, nesta tão importante obra. Creio que eu me expresse melhor com as letras e quero compartilhar com outros o que é importante para mim, por isso torno públicas essas linhas. Escreverei posteriormente sobre meus nossos pais, irmãs e irmãos e é claro, nossos filhos, mas não poderia inciar este projeto sem priorizar a você que se tornou uma comigo e me ajudou a chegar até esse ponto da carreira, graças a Deus eu e você somos nós. Vamos adiante, ainda há muita coisa a ser feita e a vinda do Senhor Jesus urge. Te amo.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

RECONCILIADORES


Certamente há dentro da Igreja a diversidade de ministérios, na verdade, este é um princípio bíblico apresentado no texto de I Corintios 12:5, e o texto aponta não só para a necessidade como para a realidade de diversos ministérios para o bom funcionamento da Igreja no exercício da fé. Contudo, antes de continuar é importante relembrarmos que a palavra “ministério” no grego é diakonia,  que é o serviço, o cargo, a função do diakonos, então ao falarmos de ministério estamos falando de serviço a ser realizado e não de pompa e circunstancia, estamos abordando a questão das responsabilidades e não dos holofotes (muito comum no discurso de muitos hoje em dia), neste ínterim, é importante lembrar que a Igreja não precisa de holofotes sobre ninguém, porque estamos sob o brilho da resplandecente estrela da manhã, sob a qual nada há que fique encoberto, e quando se diz nada, é nada mesmo;  desde o que é duvidoso até o que é honroso, tudo fica muito bem claro sob a forte luz que emana de nosso Senhor Jesus Cristo. Bem, continuemos a falar sobre serviço. Eu dizia antes, que na Igreja há vários ministérios, porque quis desta forma introduzir uma verdade bíblica revelada em II Corintios 5:18 e 19 que aponta para o seguinte: enquanto que, como indivíduos somos dotados por Deus de várias capacidades conforme revelado em I Cor 12, como o corpo de Cristo, nós fomos dotados de apenas um ministério que segundo o texto citado, é o ministério da RECONCILIAÇÃO (Gr katallage). Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo e deu a nós o ministério (serviço, trabalho) da reconciliação e com o serviço nos deu também a ferramenta que é a palavra (logos) da reconciliação. A igreja foi chamada e comissionada pelo Senhor excelso a ser reconciliadora, fazendo a troca (significado de katallage) de condições, da inimizade para a amizade, do ódio para o amor, da separação para a reaproximação do homem e Deus. Entretanto, aqui, esta verdade bíblica começa a pesar sobre nossos ombros, isto porque, se na ótica divina fomos escolhidos para ter o serviço e a ferramenta da reconciliação, como somos capazes de em quase todo o tempo agirmos contra o trabalho que recebemos a fazer? queremos reconciliar o homem com Deus através da pregação do evangelho, mas nos recusamos a obedecer o mesmo evangelho quando nos ensina a amar nossos inimigos, perdoar nossos irmãos, orar pelos que nos maltratam e perseguem e assim por diante. Queremos agitar as massas com nossas pregações, mas não temos nosso coração sequer sensível à verdade que, como reconciliadores, temos que começar por nós mesmos primariamente nas nossas relações sociais e familiares, antes de apresentarmos qualquer oferta a Deus. Mateus 18 nos conta a parábola do credor incompassivo que devia 10.000 talentos de prata a seu senhor, o que equivale a 350.000 kgr.  A bíblia nos apresenta uma dívida incrível e impagável, pois como um servo poderia ajuntar tanta dívida assim? Se lermos a história do rei Salomão veremos que ele recebia 666 talentos de ouro por ano, o que significa que para ajuntar ouro, que era o metal mais procurado na época visto que a prata em seu tempo era reputado por nada como diz a bíblia, ele como rei necessitou de mais de 10 anos. Mas o servo da parábola devia tudo isso, e ao clamar por misericórdia, a recebeu e foi solto livre. Um pouco mais adiante encontrou um de seus conservos que lhe devia 100 denários (1 denário corresponde a um dia de trabalho de um trabalhador braçal), ou seja, três meses e um dia de divida, e a este, aquele que antes havia sido beneficiado, negou o beneficio, colocando-o sob angustia até que lhe pagasse. A bíblia encerra o relato dizendo que o senhor daquele mau servo o entregou aos atormentadores dizendo-lhe que ele deveria ter feito o mesmo que havia recebido. Deus assim o fará a quem não perdoar a seu irmão  (está no texto). Estas breves letras encerram uma simples reflexão no sentido de que devemos atentar para o que recebemos do Senhor Deus e o que estamos fazendo com relação a isso. Somos reconciliadores ou não? Para o exercício deste mister precisamos de cinco qualidades todas observadas no Pai celestial. 1) – Entrega (João 3:16)– para reaproximar o homem de si mesmo Deus o Pai entregou o que tinha de melhor pelo homem perdido, seu próprio unigênito. 2) – Renuncia –  (ler Lucas 14:33) – e a bíblia ainda nos diz que Jesus esvaziou-se de si mesmo para cumprir sua missão como salvador. 3) – Ser Pacificador (Mateus 5:9)- é bom lembrar que os pacificadores e somente eles serão chamados FILHOS DE DEUS. 4) – Perdoar (Mateus 18:35) – Amar incondicionalmente (Mateus 5:44). Que Deus nos de forças para vivermos aquilo que pregamos.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Linguagem da Alma

Comunicação!!!a definição desta palavra aponta para a necessidade de um locutor (aquele que emite a mensagem), um interlocutor (aquele que recebe a mensagem) e um sistema de signos comum a ambos, sem o qual a mensagem emitida não é compreendida pelo interlocutor, impedindo assim a comunicação. Comunicar é se fazer entender e entender quem o queira ser. Mas a questão fica mais complexa justamente neste ponto; ha coisas que falamos não com as palavras, mas com as atitudes, não com cartas mas com gestos, não com a voz mas com o silencio e muitas vezes não com as regras mas com o desequilibrio. Normalmente quando a psique humana usa de recursos 'não normais" de comunicação, representa uma atitude ansiosa da alma humana, por ter uma necessidade a ser atendida, necessidade essa que normalmente nem mesmo é percebida. Pessoas inteligentes aprendem a ler o alfabeto da alma, escutar os gritos do silencio, entender o que cada atitude significa, sem serem parciais ou regidas por paradigmas machistas e/ou feministas, ou ainda cheios de tabus e crendices absurdas. Me lembro da bíblia dizendo "todas as coisas são puras para os que são puros" (Tt 1:15). Sabe o que isso quer dizer? Um coração puro (que recebeu a ação do Espírito Santo e do sangue purificador de Jesus Cristo), vai enxergar no seu semelhante uma mensagem sendo transmitida, mensagem que precisa ser compreendida, para que a comunicação frutifique. Mas tudo que ver será com bons olhos. Se nossos olhos forem bons (ver o lado bom de tudo) todo nosso corpo terá luz, mas se nossos olhos forem maus(ver maldade em tudo) haverá trevas sobre nós e quão grandes serão tais trevas.  Que tipo de pessoas somos? Inteligentes, que procuram ver o intimo da alma de seus semelhantes, ou pessoas iracundas, preconceituosas, regidas por tabus ou modelos de pensamento egocêntricos que nunca vem a necessidade de quem "fala' mas somente seus próprios conceitos e razões? Humanos assim não são compreensivos, não choram com os que choram, nem mesmo se alegram com os que se alegram, não consideram o próximo superior a si mesmo (orientação relacional bíblica). Tais como estes, tem sempre uma palavra de reprovação, de desprezo, de injuria; jamais se humilham, não se desculpam quando erram, porque a seus próprios olhos jamais erram. Por conta de viventes como estes é que tantos estão desesperados, "falando" através de seu mau humor, de seu silêncio, ou de atitudes impulsivas e surpreendentes e até mesmo decepcionantes. Como precisamos de pessoas sábias!!! que sejam capazes de ouvir sem criticar, simplesmente ouvir, e sendo assim, sejam capazes de identificar a necessidade oculta por trás de cada atitude palavra ou desequilíbrio emocional. A bíblia chama a estas pessoas de "pacificadores", Normalmente pensamos em pacificadores como intermediários entre partes divergentes, mas o conceito bíblico da fé nos leva muito mais adiante nesta questão, tornando o pacificador alguém que consegue atender as necessidades da alma, incutindo paz onde o intelecto não frutifica, lá no mais intimo do ser humano onde somente o amor alcança.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Leitura e leitores

Leitura é uma arte, arte esta que exige de quem a pratica, que isso se faça com absoluta diligência. Leitores desatentos são tão precipitados em suas conclusões, quanto descuidados em suas observações. Não se adaptam à imparcialidade, não pensam sistematicamente, não consideram a possibilidade de que seus paradigmas realmente estejam errados, ou pelo menos, a ponto de serem revisados. Quem exerce em sua leitura o posicionamento investigativo, inquiridor, descobrirá riquezas inimaginadas; por outro lado, pessoas afoitas pelo senso critico apelativo, rapidamente passam da critica para o julgamento, não do que foi escrito mas diretamente de quem escreveu, "retribuindo" a quem escreve, não com pensamentos que edificam ou acrescentem alguma coisa para o crescimento mútuo, mas com ironia, desprezo, e uma pseudo sabedoria, que não constrói, não soma, não aproxima, apenas magoa e afasta. A Bíblia diz nos Provérbios que "o tolo se encoleriza e se dá por seguro, mas o sábio examina o seu caminho", e ainda,  "examina todas as coisas e retém aquilo que for bom".  É preciso ser diligente ao ler e inteligente ao interpretar (neste ponto é melhor depender da ajuda do Espirito Santo), para que nossa reação não seja apenas jactância, um imodesto ufanar de um coração que não esta disposto a aprender, por crer ja saber tudo; ou pelo menos mais que os demais. Que Deus nos guarde de males como este!!!!!!!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Enfermidades? É possível que isso venha sobre nós?

É preciso muito cuidado para não perder o foco em meio a tantos equívocos teológicos. Não é difícil encontrar cristãos decepcionados com seus próprios paradigmas. Contudo, tais modelos de pensamento lhes foram passados por inúmeras mensagens triunfalistas, fundamentadas não na simplicidade bíblica, mas na divagante teologia do neo-pentecostalismo que ensina que aquele que tem fé não padece de enfermidades nem sofre com as tão comuns vicissitudes de nosso tempo. Bem, na verdade, Jesus disse que seria bem diferente do que se ensina hoje, afinal: "no mundo tereis aflições" ele mesmo disse. Voltando a falar sobre cristãos enfermos, vemos que na bíblia ha vários exemplos de homens consagrados a Deus que passaram por esse processo e alguns morreram durante tal processo, a exemplo de Elizeu (II Reis 13:14) - "Estando Elizeu padecendo da enfermidade de que havia de morrer". Timóteo por exemplo recebeu a recomendação do próprio Paulo : "não tomes apenas água, usa um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas frequentes enfermidades" (I Tim 5:23). O mesmo Paulo sendo um homem de fé incontestável escreve a Timóteo dizendo que havia deixado a Trófimo, seu companheiro no ministério, doente em Mileto; falou ainda sobre um "espinho na carne" sobre o qual havia orado tres vezes a Deus, orações que receberam resposta, mas não da forma solicitada por Paulo. Poderíamos ainda falar de Epafrodito, Jó, Isaque que ficou quase que totalmente cego na sua velhice a ponto de não discernir entre Jacó e Esaú. O mesmo acontece com os homens que fazem parte  da história da igreja a exemplo de João Calvino. E até mesmo entre os pregadores da cura divina houve quem morresse doente como por exemplo Edward Irving, Adoniram Gordon, A.B. Simpson, John Wimber, entre outros. Assim como Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis conforme nos informa o Evangelista Marcos, Deus cura ou não a quem ele quiser. O que não podemos deixar de lado é a grande verdade que se Deus curar ele é Deus, e se ele não curar, Ele continua sendo Deus, e nossa parte no plano divino é continuarmos crendo no Pai Soberano, em todo tempo. Fica aqui um parecer: Olhemos para a palavra bíblica e a vivamos conforme ela é, sem invencionices teológicas triunfalistas. Não quero com este texto colocar na mente de quem quer que seja duvida com respeito ao poder de Deus, Cristo cura sim, conforme nos mostra a palavra bíblica. O que desejo aqui é chamar a atenção para a verdade bíblica para que não sejamos "levados em roda por ventos de doutrina", que trazem dúvidas e decepções. Se crermos na palavra de Deus como ele é, seremos abençoados e venceremos as dificuldades pela fé e com gratidão, crendo que Deus é Deus em todo tempo e em toda circunstancia e o louvando por conta disto.

Este pensamento foi adaptado tendo como fonte:
 Livro "ATEÍSMO CRISTÃO" de Augustus Nicodemos
editora MC

sábado, 3 de dezembro de 2011

CAM OU CANAÃ

Genesis 9:20 a 29 conta a história da embriagues de Noé e sua posterior reação ao saber do comportamento de seus filhos. A questão que quero considerar aqui é que há quem diga (e não são poucos) que Noé proferiu uma maldição contra Cam (Cão), o filho que havia visto sua nudez e a divulgado entre seus irmãos. Mas a verdade mostrada no texto bíblico mostra mais uma vez o controle absoluto de Deus sobre todas as situações, uma vez que Noé ao despertar de sua embriagues não lança maldição sobre  Cam, mas sobre o filho deste, o caçula Canaã. Não foi portanto a linhagem de Cam que foi amaldiçoada mas sim a linhagem de Canaã (neto de Noé) e isto de forma profética. Por que? Observe o seguinte: a linhagem de Sem ( a linhagem piedosa da qual viria o Messias), se estabelece através de suas familias desde a Ásia Menor até as montanhas ao norte da região do Tigre, ao U Sumeriano, ao Golfo Pérsico e finalmente até o Norte da Índia. Por outro lado Jafé e seus descendentes  são vistos espalhados por uma área bem definida desde a Espanha até a Media e em linha reta de leste a oeste. Com respeito aos filhos de Cam vemos que de seu filho Cuxe e Pute vieram os africanos, etíopes e líbios. De Mizrain viram os povos que por fim deram origem aos filisteus. E de Canaã a bíblia diz: "gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos girgaseus, aos heveus, aos arqueus, aos sineus, aos arvadeus, aos zemareus, e os hamateus; e depois se espalharam as famílias dos cananeus. (Gn. 10:15-18, cf. Dt. 20:17). Seu território foi aquele próximo a Israel: As falhas morais apresentadas por Cam foram previstas profeticamente nas palavras de Noé sobre Canaã, e a bíblia confirma isso quando diz em Deut. 20: 16 a 18: "Porém, das cidades destas nações que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, não deixarás com vida tudo o que tem fôlego. Antes, como te ordenou o Senhor, teu Deus, destruí-las-á totalmente: os heteus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus, para que não vos ensinem a fazer segundo todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, pois pecaríeis contra o Senhor, vosso Deus". A maldição noética colocou a descendência de Canaã como servos dos servos de seus irmãos (os demais filhos de seu pai e suas linhagens) e mais adiante como servos de Sem e servos de Jafé.  Por conta disto creio que seja interessante dizer que é preciso ser cauteloso em declarar que este ou aquele povo esta sob maldição por conta da descendência de Cam, uma vez que a questão, como ja disse antes, está na linhagem de Canaã, que por falar nisso, seria os povos encontradas na terra da promessa por ocasião da chegada de Israel após a peregrinação no deserto por quarenta anos. Povos que haviam excluído por completo o conhecimento de Deus de sua existência e história.   Espero que a quem ler seja útil esta informação.

sábado, 10 de setembro de 2011

CURIOSIDADE BIBLICA: AS DUAS PESCAS MARAVILHOSAS


A bíblia relata não apenas uma, mas duas ocasiões em que, sob a palavra de Jesus se efetuaram pescas maravilhosas. Cronologicamente a primeira acontece quando Jesus começa a montar a equipe com a qual trabalharia durante todo seu ministério. Tal fato esta relatado no livro de Lucas no capitulo cinco, quando ao andar junto ao lago de Genesaré (Kinneret),  também conhecido como Mar da Galiléia e ainda mar de Tiberíades,  viu dois barcos junto a praia do lago e depois de entrar em um dos barcos e ensinar a multidão que estava por ali, ordenou aos pescadores que lançassem a rede, mesmo depois de toda uma noite de tentativas frustradas; contudo tinham novamente que se lançar em alto mar que aqui bem pode representar o esforço necessário a ser empregado durante a dispensação da lei, através de todo o ritual e sacrificios, para conseguir o resgate da alma. O resultado nos conhecemos, a bíblia diz que pegaram grande quantidade de peixes e aqui um detalhe interessante, a rede se rompia, alusão profética clara ao que aconteceria com Jesus o qual teria que ter sua carne dilacerada na cruz do calvário para resgate da alma humana. A segunda grande pesca acontece logo após a morte e ressurreição de Jesus e esta registrada no livro do evangelista João no capitulo 21 onde a bíblia nos mostra que o amargurado Pedro (por ter negado a Jesus) estava de volta a sua antiga vida de pescador comum, e ainda havia arrastado com ele Tomé (Didimo), Natanael, os filhos de Zebedeu e outros dois discípulos.  Como em Lucas 5, novamente eles tentaram durante toda a noite mas sem sucesso em alcançar êxito na pescaria. Contudo, de manhã,  Jesus agora ressurreto dentre os mortos, se apresenta na praia e a principio sem ser reconhecido por seus discípulos pergunta-lhes se tinham algo para comer, ao que eles respondem, Não! Então ele lhes diz lançai a rede do lado direito do barco e então grande quantidade de peixes foi alcançada. Entre tantas diferenças entre Lucas 5 e João 21 a que mais me chama a atenção esta no versículo 11, onde a bíblia especifica a quantidade de cento e cinqüenta e três grandes peixes, apenas a 90 metros da praia (200 covados) o que tipifica a dispensação da graça (favor imerecido), e acrescenta a seguinte informação: mesmo sendo tantos peixes, a rede não se rompeu. Se a rede que se rompe em Lucas 5 no inicio do ministério de Jesus aponta para sua crucificação por força das exigências da lei outorgada ao povo de Israel através de Moisés, a rede que não se rompe em João 21 fala da perfeição de seu sacrifício que foi necessário apenas uma vez para nos aperfeiçoar para sempre, e assim instaurar a graça. Ele morreu uma vez por  todos nós, mas ressuscitou, e vive para sempre. Glórias a Deus hoje e sempre.

sábado, 27 de agosto de 2011

RESULTANTES DO DESEJO DE DEUS

No capitulo 43 de Isaias logo no primeiro versículo há uma expressão incrivelmente profunda, maravilhosa e que contém uma das revelações mais belas com relação à nossa existência.  Deus enche o coração e a boca do profeta com a seguinte frase: “mas agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi, chamei-te pelo teu nome, tu és meu.” Sou levado a pensar que o profeta talvez tenha ficado perplexo ao receber tal palavra profética. Por que?  Quando o Senhor diz: “que te criou”, ele usa a palavra hebraica “bara” que traz a conotação de dar forma, fazer e assim por diante, mas esta palavra tem duas particularidades especiais. Primeiro, ela só é usada tendo Deus como sujeito, ou seja, só Deus pode operar bara, ninguém mais. Segundo,e ainda mais surpreendente, bara é criar do nada. Esta mesma palavra aparece três vezes no capitulo um de Genesis nos versículos 1, 21 e 27. O que quero colocar em foco aqui é que quando o Senhor diz a Isaiaias, que havia criado (bara) Jacó, isso bem poderia ter surpreendido o profeta, isto porque, qualquer um sabe que somos resultado não do nada, mas de processos físico biológicos. E em nosso tempo ainda temos a ciência que existe a soma cromossômica, herança paterno maternal de código genético e assim por diante, no ato da procriação. Mas quando Deus disse isso acerca de Jacó, estava revelando algo maravilhosamente profundo com respeito à sua paternidade divina. Ainda não havia matéria prima, nenhum modelo pronto, nenhum esquema ou programa de computador, quando Deus desejou a existência de Jacó, e desejando-o o projetou exatamente da maneira que ele seria, totalmente único, e este sim, seria matéria prima para que Deus formasse (Yasar = modelasse) Israel. Jacó portanto seria no tempo determinado para sua existência, o puro resultado do desejo de Deus. Não um desejo desorganizado e desprovido de propósito, mas um desejo perfeito, isso mesmo, desejo perfeito manifesto por Deus no ato criacional. Tal verdade tocou forte em meu coração, porque senti através desta máxima bíblica que assim com Jacó, eu e você somos resultados do desejo de Deus, exatamente como somos, com essa aparência, estatura, limites psicológicos, etc. E somos assim, porque Deus da maneira que somos projetou algo para nós não somente dentro do plano da salvação, mas também dentro do plano da manutenção da criação (somos sal e luz, lembra?) Somos únicos para nosso criador, ainda que inseridos dentro de uma cultura, herdando traços de uma raça, somos absolutamente únicos porque formos criados do nada, ou seja, quando o criador nos projetou em seu coração, nos deu algumas coisas que como as digitais são absolutamente únicas. Não podemos desprezar isso, mas o inimigo de Deus e inimigo da Igreja de Cristo têm lutado de todas as formas para nos fazer acreditar que somos os mais desprezíveis ou descartáveis dentro de nosso contexto. Não aceitemos tal pensamento maligno pois eu e você somos resultados do desejo de Deus, e quando ele nos imaginou operou bara.  Indo um pouco mais além,consideremos que: a segunda palavra no versículo um do capitulo 43 de Isaias é formou (a Israel). A Palavra formar no hebraico é Yasar, e traz a idéia de modelar, dar forma. O interessante é que tal palavra hebraica é a mesma usada em Jeremias 18 para se referir ao Oleiro. Enquanto bara é criar do nada, yasar é dar forma, modelar a algo que já existe. Dentro do suplantador Jacó Deus viu o adorador Israel e pouco a pouco, experiência a experiência, foi formando, modelando Jacó até que finalmente se tornasse Israel. Somos resultado do desejo de Deus, o único que pode operar bara, e por ele temos sido dia a dia tratados para finalmente alcançar a estatura da medida de Cristo, a varão perfeito.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Corda amarrando o sacerdote?????

Na aula teológica desta segunda feira, dia 22 de Agosto, dentro da matéria Tipologia, falamos sobre a cerimônia de  consagração de Arão e seus filhos, os quais formaram a primeira equipe sacerdotal entre os milhares do Israel pós Egito. Mas como é de costume, quando se fala do sacerdócio Levítico, vem à tona a questão do sacerdote ser amarrado à cintura ou ao tornozelo, em especifico no dia da expiação, para que, caso morresse  no lugar santíssimo ao se apresentar diante do Senhor que falava de sobre o propiciatório de ouro, fosse então puxado para fora. O tema me trouxe a forte preocupação de comprovar biblicamente o assunto,  visto que realmente não me lembrava da bíblia falando sobre a tal corda em qualquer parte. Busquei em todos os meus livros, dicionários, comentários bíblicos tentando descobrir de onde surgiu tal costume, e só o   que encontrei, foi um artigo na rede falando sobre um desconhecido descritor  que teria feito menção sobre tal assunto em seu escritos. Contudo, o renomado Dr. WE Nunally , professor de hebraico e judaísmo antigo, diz o seguinte:  "A corda amarrando o sumo sacerdote é apenas uma lenda. Ela tem origens obscuras na Idade Média e continua sendo ensinada. Não é encontrado em qualquer lugar na Bíblia, nos Apócrifos , Manuscritos do Mar Morto, Josefo,  Talmud, Mishna, ou qualquer outra fonte judaica. Ela simplesmente não está lá!".   Portanto caros e queridos irmãos e estudantes da Bíblia fica aqui esta modesta observação,  para que assim venhamos a condizer com a responsabilidade que temos em ser mordomos dos valores divinos, servindo ao nosso semelhante somente as riquezas da verdadeira revelação bíblica.