A versão King James
Atualizada (KJA), traz uma versão de Provérbios
11:24 que simplesmente acho maravilhosa para o contexto no qual estamos
imersos durante esta semana de estudos bíblicos, sobre a visão divina no trazer
dízimos e ofertas. O texto diz o seguinte: "Quem dá com generosidade, vê suas
riquezas multiplicarem; outros preferem reter o que deveriam ofertar, e caem na
pobreza". Neste ponto de nosso estudo vamos justamente abordar a
vida de alguém de foi impedido por Deus de efetuar algo grandioso com o qual
sonhou justamente para a gloria de Deus, mas que não aceitou ficar de fora do
projeto, dispondo-se a ofertar e ofertar de maneira tal que deixa-se para seu
substituto, os recursos e materiais necessários para construir aquilo com o que
ele mesmo poderia apenas sonhar. Estou falando de Davi que ao desejar construir
um templo para abrigar a arca da aliança e receber o nome de Deus, ouviu a voz
do Senhor dizendo que ele não o poderia fazer por ser homem de guerra e ter
derramado muito sangue sobre a terra. O Eterno, contudo, lhe fez a promessa de
que seu filho, um homem de repouso, segundo o que está registrado no texto
bíblico efetuaria a construção do templo do Senhor. Davi por ser o homem
segundo o coração de Deus é claro que optou pela obediência, certamente vivendo
sob uma dura expectativa de jamais ver o templo construído, o que de fato
aconteceu, mas por outro lado, o rei decide por as mãos à obra para ajuntar
materiais e organizar o povo para que seu filho Salomão tivesse tudo o que
fosse necessário para efetuar as edificações, e o monarca Davi inclusive
forneceria a Salomão até o desenho (planta) do futuro templo sagrado. Mas o que
realmente me chama atenção neste ponto é uma parte do texto bíblico registrado
em I Crônicas 29, mais especificamente no versículo de número dois que diz o
seguinte: "Eu, pois, com todas as
minhas forças já tenho preparado para a casa de meu Deus, ouro para as obras de ouro, e prata para as de prata, e cobre para as
de cobre, ferro para as de ferro e madeira para as de madeira..." O
sentido do texto é absolutamente claro, afinal não se pode construir com
madeira aquilo que é para ser feito com ouro, e o que é para ser feito com
prata não pode ser feito de pedras; lembro-me de Deus dizendo a Moisés quando
da construção do tabernáculo e de todos os seus utensílios: "Cuida para
que tudo seja feito conforme o modelo que se te mostrou no monte Exôdo 25:40. " Davi tinha um
projeto e é claro que a inspiração inicial estava no próprio tabernáculo,
afinal o templo seria construído conforme as orientações de Deus com respeito
ao mesmo. O átrio, o lugar santo e depois o santíssimo, os utensílios e seu
posicionamento e assim por diante. No modelo de Deus havia coisas que deveriam
ser de ouro, outras de prata como as bases das colunas por exemplo, e outras de
madeira e assim por diante. Para cada obra um material, então para cada
material uma oferta, Ouro para ouro, prata para a prata etc etc. Mas vamos aqui
aplicar de forma mais profunda a interpretação deste contexto, procurando
alegorizar o menos possível em nossa exegese. Para isso temos que dar um
mergulho na revelação da Palavra bíblica contida no texto de I Corintios 3:12 a
15 onde o escritor bíblico nos fala de um fundamento Jesus Cristo e dos materiais com que se constrói sobre este
fundamento, sendo Ouro, Prata, Pedra
Preciosas, Madeira, Feno e Palha. Depois o escritor acrescenta a informação
de que aquilo que construímos sobre Cristo (obras) será manifesto sendo
declarada pelo dia, e sendo provada pelo fogo. A obra que suportar ao fogo
recebe galardão e a que não suportar, fica sem presente! Observe que na lista
de materiais três suportam ao fogo e três não resistem às chamas. O que a
bíblia esta nos mostrando é que tudo o que fazemos na obra de Deus, seja até
oferecer um copo dágua a um servo do Senhor não fica sem galardão, contudo,
todas nossas obras, tudo que construímos, tudo que ofertamos, será provado para que recebamos ou não galardões
eternos, e observe que aqui não estou nem abordando a questão da semeadura,
pois o que plantamos aqui mesmo colhemos, mas para os galardões eternos tudo,
absolutamente tudo o que fizermos sobre o fundamento que é Jesus será provado.
Obras de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno e palha dizem respeito a
duas coisas: motivação (qualidade do material), racionalidade (inteligência) em
colocar cada coisa no seu devido lugar no tempo e na maneira certa segundo o
coração de Deus. Observe que no caso da viúva pobre ela trouxe pouco, mas sua
motivação foi verdadeira a ponto de fazer com que Jesus a louvasse por seu ato
de fé, ao contrário dos ricos que ofertavam, mas o faziam do que lhes sobejava,
o que os motivava era apenas serem vistos e reconhecidos, mas não havia neles o
desejo real de que Deus fosse glorificado, e isso é feno que é consumido apenas
pelo calor das chamas sem mesmo ser tocado por elas. Aquilo que nos motiva (a
fé ou interesses naturais) é que definirá se o material com que estamos
construindo será resistente ao fogo ou não. Um exemplo disso é quando
levantamos uma oferta alçada para a construção de um templo ou o socorro de um
irmão em extrema necessidade, e alguém apresenta algo apenas para não ser
recriminado para não ofertar. A oferta dessa pessoa está ali, mas o material
com que construiu essa oferta passara pela prova do fogo? O ouro é mais caro que a madeira, se vamos
contribuir para algo grandioso devemos ser motivados pela fé e pelo amor a agir
de forma grandiosa; e que estejamos atentos ao seguinte detalhe: nem sempre
grandes quantidades querem dizer atitudes grandiosas, reais atos de fé.
Costuma-se dizer que a oferta que agrada a Deus é aquela que dói em nós, mas a
bíblia diz: Deus ama ao que dá com alegria, não com dor mas com alegria...e é
justamente aqui que está o mistério revelado: quando somos motivados pela fé
(ouro, prata e pedras preciosas), não existe dor, mas sim alegria. Que o ato de
trazermos ofertas e dízimos diante do Senhor Jesus seja para nós, a sua Igreja,
oportunidades nas quais construamos sempre da maneira certa e com o material
correto. Infelizmente a grande maioria de nosso povo não apresenta suas ofertas
com consciência de culto, para estes,
ofertar é apenas algo mecânico, automático. Há tempo em que se deve
construir com madeira, mas há momento em que só o ouro servirá. Há tempo para
todas as coisas debaixo do céu.
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