![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3W-fSlE-DSdZL6ArMhhliFbB0tNiudF7mZ3dOjpJ4vcA6-1HU9RLap4Re_pzNxBrnSBsS7BrL57HD8Wtz65T7MNpLDVD-B1gzaGgrQa1dS5zuvI2_t6uD5tvST2dy4EVlRfcH6boNIWo/s200/biga.jpg)
Por mais que rebuscasse meu discurso, não encontraria palavras boas o
suficiente para denotar o que vai em meu coração em relação a essa pessoa. Por
conta disso gostaria de relembrar alguns momentos de sua história que marcaram
meu coração de forma absolutamente inapagável. Quantas vezes a vi preparando,
ao mesmo tempo, o almoço para a família e salgados para venda, o quais depois
de prontos ela mesma os preparava em uma caixa de isopor e acompanhada de sua
filha ainda no ventre em processo de gestação, saia durante a noite por volta
das 21:00 hr para abordar os alunos de algumas escolas próximas a nossa residência,
no intervalo entre as aulas, o “recreio” como dizíamos antigamente. A razão de
tal esforço era conseguir recursos para a construção do templo em Ilha
Solteira, o qual era responsabilidade dela e de seu esposo, jovem e
inexperiente obreiro que estava na condução daquele rebanho. Não foram poucos
os evangelismos noturnos aos sábados, e vespertinos aos domingos, juntamente com o grupo de jovens, e em todos
esses momentos lá estava ela com sua pequena filha ainda carregada nos braços
ou em um carrinho de bebê, contudo mesmo em todas as dificuldades que se
apresentavam, ela sempre esteve sorrindo e trabalhando para a edificação do
reino de Deus. Eu a vi carregando areia e tijolos, com sua primogênita correndo entre as edificações, e se isso não
bastasse, grávida de seu segundo filho cantando em cultos ao ar livre,
visitações nos lares, reuniões no templo sede do ministério que na época era em
campo grande no Mato Grosso sob a tutela do ilustre e tão querido Pastor Eliseu
Feitosa de Alencar, que já dorme no
senhor Jesus, homem de Deus que também deixou marcas indeléveis em nossos
corações. Eu a vi chorar muitas vezes em segredo diante de Deus, clamando pelo
bem estar do esposo e dos filhos e ainda da igreja que apesar de contar com
poucos membros, não fugia a regra de gerar inúmeras preocupações, pois afinal,
era a obra de Deus sendo realizada em campo missionário. Durante o tempo de sua
provação na cidade de Ilha solteira, não contou com belas roupas, nem com
maravilhosos pratos gastronômicos, não havia conforto, apenas sua juventude
sendo gasta a favor daqueles que lutaram lá para herdar o céu, contudo a mão de
Deus esteve com ela e sua família em todo tempo. Como poderia homenagear alguém
com essas e tantas outras credenciais? Sua história não se restringe a títulos
ou sonhos vazios, mas a entrega e trabalho árduo, a paciência e perseverança,
foi líder nata e nunca fugiu a essa responsabilidade. Por falar em liderança,
conheço bem poucas mulheres com tal capacidade de liderança. Eu a vi encarar homens e demônios para proteger a
integridade da família e da obra de Deus, jamais deixou de respeitar as
autoridades constituídas por Deus, e também não aceitou que desconsiderassem a
autoridade que Deus havia colocado sobre seu esposo e por conseguinte sobre ela
mesma como dirigentes da florescente igreja na cidade já referida. Nunca abriu
mão de realizar a vontade de Deus e a esta vontade esta submissa até agora.
Hospitalidade sempre foi uma de suas mais marcantes características, sempre
recebeu o povo de Deus com carinho, sem reclamações, procurando fazer o melhor
para acolher quem a ela e a sua família recorresse. Sua história, e a de seu
esposo, não começou agora, construíram juntos uma belíssima trajetória como
ministros de Deus, ainda que sob muitas dores. Nesta caminhada gerou filhos na fé,
que hoje presidem campos, ganham almas, constroem para o crescimento do reino.
Obreiros que foram formados nos moldes bíblicos, os quais ela ajudou a seu
esposo inculcar na mente daqueles que a eles se agregaram durante o exercício
do seu ministério. Educou os filhos, esteve ao lado do esposo e ao seu lado
permanece corajosamente, vivendo de forma simples e ainda submissa a vontade de
Deus para o casal. Uma mulher forte o suficiente para não desistir de seus
sonhos e lutar por eles com todas as forças, mesmo que as vezes gerando
incompreensão e impaciência por parte de alguns que deviam tê-la apoiado
incondicionalmente, foi adiante e hoje começa a desfrutar dos frutos de sua
perseverança. Bom eu poderia acrescentar uma infinidade de testemunhos de sua
vida e trabalho aqui, a exemplo dos momentos de afrontas (que não foram
poucos), desprezos, ingratidão, perseguições legalistas, rebeliões machismos
por parte de obreiros equivocados em seus conceitos, enfermidades, mudanças de
moradia (9 só na cidade de Ilha), preocupações financeiras pessoais e
ministeriais, orações, a dor da saudade por estar longe de todos os familiares
os quais via apenas de ano em ano ( foram 12 anos em Ilha), entre tantas outras
coisas. A personagem desta modesta crônica
familiar é minha esposa Abigail, e a ela eu digo com total segurança: Eu
conheço a sua história, você é absolutamente incrível, não foram poucos os
obstáculos até aqui, e você superou a todos. Continue sendo abundante na obra
do Senhor sabendo que o seu trabalho não é vão no Senhor. Fica aqui este registro como forma de
agradecer de maneira contundente a você, por estar ao meu lado como esposa e
como guerreira de Deus, nesta tão importante obra. Creio que eu me expresse
melhor com as letras e quero compartilhar com outros o que é importante para
mim, por isso torno públicas essas linhas. Escreverei posteriormente sobre meus nossos pais, irmãs e irmãos e é claro, nossos filhos, mas não poderia inciar este projeto sem priorizar a você que se tornou uma comigo e me ajudou a chegar até esse ponto da carreira, graças a Deus eu e você somos nós. Vamos adiante, ainda há muita coisa
a ser feita e a vinda do Senhor Jesus urge. Te amo.