O que me chama a
atenção neste texto é que nesta parábola, Jesus apresenta as mesmas
dificuldades para duas pessoas com cosmovisão e posicionamentos distintos. O
diferencial foi a iniciativa de se construir algo preparado para o que viria no
futuro, e não somente isso, mas se colocar, ou não, em posição de desfrutar o
que a chuva, os rios e os ventos deixam após os momentos tempestuosos. Veja que
no versículo 25 Mateus diz em relação ao homem que construiu sua casa sobre a
rocha que: “Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra
aquela casa”, a qual não caiu porque tinha alicerces na rocha. Logo em seguida
no versículo 27 se referindo ao homem que construiu sua casa sobre a areia,
que: “Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra
aquela casa”, a qual caiu sendo grande a sua queda.
A questão aqui, é que
Jesus estava dizendo que o homem é responsável por suas escolhas, preparando-se para
a vida de forma adequada, ou construindo sobre a areia das emoções e conceitos
meramente humanos.
As dificuldades são as mesmas, tanto para um como outro,
contudo, alguns preferem construir bem, da maneira certa, ou seja, firmando-se
sobre a observância e obediência à Palavra de Deus, se deixando orientar e
conduzir por seus ensinamentos. Outros, entretanto, constroem para si mesmos edifícios
belíssimos, mas sobre desobediências, mágoas, ressentimentos, conceitos e
paradigmas formados sobre ideologias, pensamentos, filosofias e achismos
humanos. Tais construções vão ruir, e com grande estrondo!
Outro ponto
interessante a se observar é a bíblia quando fala de chuva, esta falando da
benção e da providência de Deus (Mt 5:45), a qual cai sobre justos e injustos. O profeta Zacarias (14:17) fala escatologicamente que: “se alguma das famílias da terra não
subir a Jerusalém, para adorar o Rei, não virá sobre ela a chuva. Continuando,
a bíblia também faz menção aos rios como benção e providência de Deus, observe
os textos de: Isaias 43:19 e 43:20 (rios no ermo para dar de beber ao meu povo,
ao meu eleito). Depois disso vento na bíblia representa a presença de Deus através
de seus anjos (mensageiros), veja Hb 1:7 – Salmo 104:4. Além do que que o vento
gera movimento, o próprio homem só passou a ser alma vivente depois de Deus “soprar”
em suas narinas conforme Genesis.
O que podemos
aprender com tudo isso? É que tanto a chuva, como o transbordar dos rios, como
os ventos dando impetuosamente contra a casa, na verdade são oportunidades dadas
pelo Criador para quem queira desfrutar das grandezas de Deus, só basta
construir a casa sobre o terreno rochoso da dependência de Deus e obediência aos
seus preceitos. Podemos entender também que as bênçãos de Deus vem sobre todos os
seus servos, mas não podem ser retidas por casas sem estrutura!!!
A benção e a
revelação de Deus não serão absorvidas por quem não se firma sobre a palavra do
altíssimo.
Por isso, muito
cuidado quando se firmar sobre seus próprios conceitos, seus achismos e
emoções, você pode estar construindo sua queda e acumular ainda maiores decepções.
Um último ponto a se
considerar, é que por onde as águas da chuva e dos rios passam, haverá o
surgimento da vida através das novidades que crescem em terreno úmido (á água é
a palavra), novidades (plantas) que se multiplicarão por conta dos ventos que
espalham as sementes (os mensageiros), gerando mais e mais vida, riquezas em
abundância. É bem verdade que as plantas não crescem sobre a rocha diretamente,
bem como poucas coisas crescem sobre a areia, mas em volta da rocha onde houver
terreno úmido haverá vida sendo gerada enquanto a casa sobre a rocha é
sustentada.
Qual será a nossa
escolha? Viver finalmente conforme os preceitos da Palavra de Deus? Ou escolheremos
nossas mágoas e dores pra construirmos o que não prevalecerá? As riquezas de
Deus só serão armazenadas em edifícios firmados sobre Cristo.