Saudação

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domingo, 14 de maio de 2017

MATEUS 16:13 a 23 - a confissão de Pedro



Interrogou (erotao - questionar, requerer, pedir). Há um tempo em que nossas  conviccções serão questionadas com objetivo de se verificar até que ponto nosso ministério esta alcançando êxito em formar Cristo nas pessoas. E isso acontecerá em duas áreas: nosso conhecimento acerca do pensamento do povo. Jesus iniciou sua interrogativa perguntando aos discípulos o  que eles sabiam sobre quem o povo pensava que ele fosse. Observe que o Mestre não pergunta sobre aspectos gerais sobre sua pessoa mas diretamente sobre a concepção acerca de sua identidade. Quem era Jesus aos olhos do povo? Mas qual a importância dos discípulos saberem o que o povo pensava? A importância estava e permanece no fato de que se conhecermos a identidade de Jesus, teremos afinidade com seu propósito e assim Ele mesmo estará sendo "formado" em nós (Gálatas 4:19), e isso define como agimos em relação à sua pessoa, aceitando ou não sua mensagem, aceitando ou não sua influência.  As três respostas do povo indicavam um misticismo saudosista pois olhavam sempre para a possibilidade do retorno ou ressurreição de um morto! João Batista, Elias, um dos profetas. Há pessoas na Igreja que tem a incrível tendência de olhar sempre para o que já passou desejando e crendo em sua reinstauração. Isso os fazia olhar para traz e não para frente em termos espirituais e revelacionistas, afastando-os do real propósito de Deus. . Tudo tem o seu tempo determinado, e sendo assim, ainda que algo tenha sido muito bom, se ja passou é hora de aproveitar as lições aprendidas e olhar para a frente, ir adiante, para que haja inserção em patamares mais profundos das revelações do Altíssimo. Para os discípulos era importante saber isso, porque tal informação lhes daria o caminho de ação para ajudar o povo a ter a identidade de Cristo formada neles. Mas logo em seguida vem o aprofundamento do questionamento: "E vós?" Ora se havia em Jesus a preocupação em saber até que ponto Ele já estava formado na mente e no coração do povo, imagine então sua preocupação em saber o mesmo com relação aos seus discípulos! Mas podemos mergulhar ainda mais neste questionamento, pois, como será possível construirmos a identidade de Cristo nas pessoas se não a temos formado em nós mesmos? Se a maneira que "cremos" está tão aquém do propósito original e fundamental do Eterno?
o que sua alma diz a respeito DELE?

Pedro ao responder ao questionamento do Mestre Jesus, chama para si a atenção de forma absoluta, porque expressa algo que leva Jesus a trazer à lume mais uma etapa do conhecimento espiritual: Ele era feliz (ainda que talvez não compreendesse e nem soubesse) porque o conhecimento que tinha era fruto não de si mesmo mas da ação do próprio Criador. Aquilo que ele tinha era algo depositado nele pela vontade e soberania divinas. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para demonstrar que este poder que a tudo excede provém de Deus e não de nós mesmos - II Corintios 4:7. E neste ínterim é importante lembrar que para que o poder de Deus agisse em Pedro, para ele fosse "makarios", ou seja, um home feliz, era preciso antes do sim haver um não. Fazemos parte de uma sociedade imediatista e fundamenta na realização constante e hedonista de nossas vontades e anseios. Não são muitos os que lidam bem com as negativas da vida e principalmente com as negativas divinas, contudo, veja o que Jesus disse a Pedro  antes de atribuir a revelação a Deus. Pedro você é feliz porque não foi a carne nem o sangue que te revelou. Não foi sua força, sua inteligência, ou qualquer um de seus atributos físicos, mentais ou até mesmo espirituais, não foi seu braço! Foi Deus!!! A revelação (apokalupto = revelar o que estava escondido ou oculto) expressa na resposta de Pedro vinha diretamente de DEUS (não é resultado de nossa própria vontade ou intelectualidade). Jesus disse que Pedro era feliz porque sua resposta indicava justamente o que Ele objetivava: A identidade de Cristo estava formada em Pedro, e isso também era um claro indicador de que o discípulo colérico sanguíneo havia ultrapassado o nível da dependência de si mesmo e já conseguia ouvir a voz de Deus, que sempre fala de forma muito delicada, somente os sensíveis ao Espírito Santo são capazes de ouvi-la. Pedro estava crescendo na graça e no conhecimento!

Ainda que tenhamos a revelação de Deus a obra é construída sobre Ele e não sobre nós! Em seguida à palavra elogiosa direcionada ao seus discípulo, Jesus imediatamente adiciona a famosa frase "pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja...". Pedro tinha a revelação, Pedro estava acima da média, Pedro já era capaz de ouvir a voz de Deus como nenhum dos demais, contudo, ele ainda era a pedra pequena (petrus), a Igreja de Cristo não seria fundamentada sobre ele, mas sobre a Pedra angular, a pedra de esquina, a grande rocha (Petra) que era o próprio Jesus. A igreja e principalmente o obreiro não pode aceitar em nenhum momento o pensamento de que alguma coisa no reino de Deus esteja sendo construída sobre si. Nós somos parte da construção, somos pedras vivas sendo edificados casa espiritual (I Pe 2:5), entretanto, o fundamento é e permanecerá sendo o nosso senhor Jesus.  

u  A Igreja deve marchar contra o inferno e não o inverso disso - vs  18 - Quando há harmonia do propósito de Deus com nosso posicionamento, há um movimento constante e adiante da Igreja contra o inferno e não o inverso! É o inferno que tenta de todas as maneiras se trancar contra o avanço da Igreja, mas onde há homens e mulheres com Cristo formado em si, não há barreira que possa permanecer contra a marcha da Igreja.

u  Chaves (plural) - para LIGAR e DESLIGAR vs 19 - No processo de edificação da Igreja, ferramentas serão concedidas aos servos de Deus para exercício do ministério cristão. "Te darei as chaves", não a chave mas as chaves! e o interessante aqui é que quando falamos em chave pensamos em abrir ou fechar portas, contudo, abrir ou fechar portas é atribuição especificamente do Altíssimo, para a igreja, as chaves são como controle remoto que ligam ou desligam. Observemos o texto bíblico:  "tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus" vs 19. Importante também que as chaves começam sempre ligando e nunca desligando, e atuam não no céu mas nos céus, ou seja, o resultado de ações de fé de um crente em cujo espírito e alma Cristo esteja formado, afetam desde o ceú que está imediatamente acima de nossas cabeças, até o céu onde está o trono de Deus.

u  Tempo de reter a revelação pessoal para que o modo da revelação universal continuasse em curso. O povo deveria concluir acerca do Cristo pelas obras que testificava em Jesus. vs 20

u  A revelação individual nos remete a patamares mais profundos do plano de Deus. Isso nos traz responsabilidades que as vezes não compreendemos  vs 21. Desde então, começou Jesus a mostrar. Havia chegado o momento e as condições de maturidade espiritual dos discípulos terem contato com níveis mais profundos do plano de Deus no qual eles estavam diretamente implicados, Jesus falou-lhes sobre sua prisão e sua morte.