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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Falta de perdão

Falta de perdão, rancorosidade, indiferença, desamor  (Jonas fugindo para Tarsis).
Aqui esta uma das histórias da bíblia mais conhecidas de todos os tempos, Jonas o profeta fujão e o grande peixe. Vamos, contudo, analisar os detalhes que levaram um profeta chamado por Deus a escolher a fuga de sua presença. É interessante observar que Jesus em seus ensinamentos recomendou aos discípulos que fossem prudentes como as serpentes e simples como a pomba. O adjetivo usado por Jesus para definir a pomba é akeraios, que significa puro, não misturado, limpo de mente, sem um misto de maldade, livre de malícia, etc. e a Pomba no hebraico é Ionah, que é justamente o nome do profeta em hebraico. O Jonas que conhecemos é o Ionah no texto bíblico, ou seja, Deus chamou para enviar a Nínive alguém cujo nome denotava tudo que era necessário para que os ninivitas fossem alcançados pela misericórdia de Deus, contudo, o que estava no coração do profeta não condizia com seu nome. Jonas o filho de Amitai era natural da pequena vila de Gate Hefer (II Rs 14:25) no distrito da tribo de Zebulom (Js 19:13) alguns quilômetros ao norte da região da Galiléia e os eruditos dizem que exerceu seu ministério durante o reinado de Jeroboão II. Portanto, Jonas conhecia  bem os costumes e o pensamento dos Assírios. Nos dias do profeta os assírios controlavam algumas regiões de Israel anteriormente conquistadas conforme o texto de  II Rs 10:32 e 33 e aqui começamos a compreender os sentimentos abrigados no interior do servo de Deus, uma vez que os assírios eram violentos em extremos contra os povos os quais lutavam, praticando, empalamentos, esfolamentos, serrando ao meio soldados inimigos, entre tantas outras atrocidades. Quando Deus fala ao profeta ele vislumbra a possibilidade de arrependimento do povo e por conta disso o perdão de Deus para os ninivitas e assim escolhe fugir para evitar que a misericórdia de Deus alcançasse um povo ao qual ele condenava à destruição em seu coração rancoroso (ler cap 4:2). Veja que o sintoma aqui da condição espiritual do profeta era algo que estava abrigado em secreto no coração dele, ódio a um povo violento e que não conhecia a Deus e a seus princípios e essa condição espiritual começou a sinalizar de forma visível quando chegou a ordem divina para que justamente ele fosse até os ninivitas, e lhes anunciasse a palavra de Deus. O ódio e o ressentimento não nos permite praticar a justiça que vem pela fé. Assim como o sono nos insensibiliza ao que acontece ao nosso redor, o rancor, e suas variantes nos insensibiliza ao amor de Deus para com as almas e para com o próximo, nos fazendo colocar nossas razões acima da vontade de Deus. Jonas sinaliza seus reais sentimentos começando um processo de descida de vários degraus até chegar ao fundo de um abismo que não lhe trouxe o objetivo almejado mas um terror jamais antes experimentado por homem algum que vivesse para o relatar.
1-    Desceu a Jope
2-    Desceu para dentro do navio
3-    Desceu ao porão do Navio
4-    Lançado ao Mar
5-    Tragado pelo peixe
6-    Lançado no profundo, no coração dos mares
7-    Desceu até os fundamentos dos montes

Quando olhamos para o texto bíblico no hebraico antigo encontramos a palavra “yarad”, que significa não somente descer, mas também declinar, marchar abaixo, afundar, e quando o profeta decide fugir de diante do Senhor e tomar uma outra direção, ele começa literalmente a afundar. Um abismo chama outro abismo e quando entramos na contramão da vontade divina afundaremos passo a passo até que nosso orgulho seja suplantado e finalmente consigamos clamar com sinceridade e pureza de alma. Considere-se também que afundar denota perca do controle da situação, um nadador por exemplo, tem controle de seu próprio corpo sobre a água mas se por qualquer razão esse controle for perdido ele começa a afundar.  Lembro aqui da história de Pedro andando sobre as águas indo ao encontro de Jesus, contudo, ao ver-se afastado de sua zona de conforto que era o barco onde estavam os demais discípulos e sentindo o vento e vendo as ondas, teve medo, e assim começou a afundar. Quando Jonas desce a Jope ele ainda que pensasse estar no controle da situação, já estava começando a afundar e isso ainda iria bem mais longe até o terror absoluto.

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