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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Igreja e sua relação com o atual

A bíblia, nos livros do novo testamento, empresta da língua grega a palavra Ekklesia(ekkhsia)para se referir ao corpo místico de Cristo, a Igreja. Tal palavra segundo o dicionarista VINE é formada de ek (para fora de) e klesis (chamado), sendo o referido verbete usado na antiguidade para descrever um corpo de cidadãos “reunidos” com a finalidade de discutir os assuntos do estado. De forma muito inteligente os escritores no novo testamento fizeram uso de tal recurso literário para se referir ao ajuntamento daqueles que foram chamados para fora de uma ordem estabelecida, para fazer parte de um grupo seleto, com uma missão especial e específica. A Igreja idealizada por Jesus Cristo, não ficaria à margem da sociedade, ao mesmo tempo em que não se misturaria com seus costumes e ideologias, ao invés disso, segundo as palavras do mestre dos mestres, sendo luz do mundo e sal da terra, a igreja projetada no coração de Deus seria formadora de caráter, um organismo vivo, agente modificador de sistemas, que influenciaria de forma positiva, e sempre construtiva, a cultura espiritual e ainda  secular de todo e qualquer ser humano a quem alcançasse. Contudo, o modo de operação da Igreja, definido por seu próprio fundador, resume-se no seguinte: Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura (Mc 16:15). Os dois verbos contidos nessa frase definem de forma clara o que Jesus objetivava através da igreja, o “Ide” apresenta a ordem para avançar sempre em direção as pessoas, e o “pregai” vai mais além do que o ministrar de conteúdo teológico com discursos regidos pela hermenêutica ou homilética. Para Jesus, Ir representava o poder da iniciativa, e o pregar seria então, nada mais nada menos, que o relacionamento pessoal que esclarecesse no coração e na mente das pessoas, a profundidade das verdades acerca de um Deus todo poderoso, cuja essência é o amor. Amor este que resgata, constrói, transforma, dignifica, e melhora a condição humana. São Francisco de Assis pronunciou uma célebre frase que se resume no seguinte: “Pregue em todo tempo. Se necessário use as palavras”. Este pensamento deixa totalmente esclarecido o verdadeiro conceito da real pregação, missão da igreja. O testemunho, a prática dos valores divinos revelados nas linhas do texto bíblico, o exercício da fé que gera obras, o amor incondicional, a compaixão, a entrega de si mesmo em favor de outros, essa é a pregação sob a qual a Igreja precisa “ir”. Mas como está a Igreja se comportando nos dias de hoje, como a atualidade tem influenciado nossa conduta no cumprimento desse papel? Para responder a isso, é importante que se avalie como as coisas funcionam em nossos dias. O excesso de tecnologia e o aumento exacerbado de informações, a que somos submetidos dia a dia, tem nos tornado, a todos nós, cada vez mais fracos no que tange a relacionamentos. Por conta das máquinas e dos infinitos softwares com que vivemos e nos movemos, somos condicionados a esperar e praticar resultados imediatos, conseqüência de simples toques em teclas de um computador qualquer. Por conta disso, investir tempo em relacionamentos se torna extremamente inconveniente porque significa gastar tempo, tempo este de que não dispomos por causa da velocidade das máquinas, máquinas estas que regem nossas contas, nosso trabalho, horários, etc etc. A funcionalidade está em que nossos relacionamentos sejam virtuais, sem a medida da real emoção, sem olhos nos olhos, sem abraços ou aperto de mãos, que seja apenas toques em teclas de computador.  E é interessante que, justamente este mundo distanciado de si mesmo, é o que mais precisa da presença influente e relacional da igreja de Cristo. Estamos cercados de pessoas agitadas e hiper aceleradas que estão paulatinamente deixando de ser pensadores para ser apenas um depósito de dados e mais dados, que vão se acumulando e sufocando a alma e a psique humana. Nunca antes o ide e pregai foi tão necessário ser praticado, porque as pessoas já não tem tempo para pensar, sentir, admirar, se relacionar, amar, perdoar, compreender e assim por diante. Não nos medimos mais pelo toque da alma, nos medimos quase que todo o tempo por bytes, mega, giga e terabytes. A Igreja de Jesus ainda é mantida aqui na terra para, não somente conduzir o homem ao conhecimento de Deus e de seu plano salvador, mas também para devolver o ser humano a sua própria humanidade. Não somos máquinas, somos homens, cheios de vida, poesia e da beleza da semelhança divina, e se não fosse a presença da igreja cheia do Espirito Santo, já há muito teríamos nos destruído por completo. Se cumprirmos bem nosso papel com bons despenseiros da graça de Deus, não somente seremos instrumentos para conduzir o homem à salvação eterna oferecida por Jesus Cristo na cruz do calvário, bem como seremos fatores de influencia positiva para melhores políticos, melhores líderes, melhores profissionais e pais de família, enfim melhores humanos.

Um comentário:

  1. A paz do Senhor Pastor Marcos.
    Excelente artigo, sou fã do munto tecnologico, tenho a informatica como meu trabalho e lazer, mais a tempo venho notado exatamente tudo isto que foi descrito, e tenho me policiado muito para não estar neste grupo de relacionamentos virtuais, que este artigo sirva de alerta e despertar para nós "Humanos". Que Deus te abençoe grandiosamente.
    Davi Rodrigues

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